quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Desafio # 1

Escrever sete fatos a meu respeito, e depois desafiar sete pessoas a escreverem também. Da primeira parte, dou conta, da segunda, desafio qualquer viajante perdido que passar por aqui a fazê-lo.

1. Meu nome é Laura Amélia. Blé. Minha mãe cismou que as iniciais do filho que esperava deveriam ser L. A., assim, sendo, se eu fosse um moleque meu nome seria Luís Augusto. Porém, ela tinha certeza que eu era menina, e naquela época não tinha a modernidade da ultrassonografia. Mas ela encasquetou, um pai de santo disse a ela que eu era menina, e pronto... Laura estava escolhido. Como ela não conseguiu achar nada melhor do que Amélia para compor o "A.", eu ganhei essa sina de dona-de-casa-mãe-esposa-mulé fulltime.

2. Eu nasci em 1976. Minha mãe diz que fui uma criança índigo, e hj sou um adulto índigo. Que estes vieram a partir de 1973 com a missão de melhorar esse mundo. Ô responsa...
Eu acredito que em certo ponto ela tenha razão. Eu me acho meio "alien", meio "freak", meio estranha, meio diferente dos outros. Não sei se isso é bom ou ruim, pois sempre me senti um peixe fora d'água em todos os meios que freqüentei. Até agora só achei uma pessoa nesse mundo que acredito ser um índigo da minha geração. Dizem que os índigos se reconhecem. Acredito nisso.

3. Acredito em forças da Natureza, em Deus, em alquimia, em telepatia, em viagem astral, em espiritismo e espiritualismo. Acredito em energia e vibrações. Acredito que posso benzer crianças. Eu ouço vozes. Eu já ouvi entes queridos que se foram. Meu pai me avisou em sonho que iria fazer uma longa viagem no dia em que ele morreu. Detalhe: estávamos a 250km de distância um do outro.

4. Sempre sonhei em casar e ter filhos. Eu dizia à minha avó que me casaria aos 17 anos. Me casei aos 21. Ela não estava mais aqui pra ver. Ser mãe foi a maior realização pessoal-afetiva que eu pude ter. Sendo mãe passei a amar mais ainda a minha mãe e a entender o porquê de certas atitudes que eu sempre condenei.

5. Sofri a dor mais dolorida que uma mulher pode sofrer: a perda de um filho. Sofri durante o diagnóstico e acompanhamento de sua doença, daquele bebezinho tão lindo e perfeito, tão rechonchudo, tão amado, tão esperado e desejado. Levei minha fé ao limite. Chorei com toda minha alma e coração. Senti uma dor inexplicável e uma sensação de impotência diante dos fatos. Gelei ao notar que ele tinha nascido sem a linha da vida na mãozinha esquerda. Senti um misto de alívio e dor lancinante quando a médica me chamou para comunicar sua morte. Ainda choro por essa perda. Poucos anos antes eu havia sido marcada com a morte do meu pai, do meu irmão e da minha avó.

6. Eu iniciei 3 faculdades e não concluí nenhuma. Ainda assim me considero uma pessoa inteligente e culta, acima da média. Sempre tive vergonha de ser inteligente e aplicada, até cerca dos 17 anos. Às vezes me fazia de burra só pra me igualar à turma e não parecer tão deslocada. Senti vergonha de contar às minhas amigas de cursinho que passei nos vestibulares públicos. Quando elas descobriram, a "amizade" acabou. Por isso hj não me saboto mais. Não me escondo mais. Não finjo ser o que não sou. Tenho orgulho de tudo que sou e de todo conhecimento que adquiri, pq grande parte disso é uma herança do meu pai e da minha mãe.

7. Eu acredito no amor. No amor pra sempre. No amor eterno. Não esse "eterno enquanto dure", mas no eterno mesmo, sem fim, imensurável. Eu o sinto. Eu o tenho. Eu o recebo. Eu sou rotulada de ingênua por isso. Eu sempre acreditei nisso e talvez essa certeza é que o tenha atraído até mim. Acredito que o amor é a fonte da vida, é o alimento da alma, é o que nos faz levantar todas as manhãs e seguir em frente. Eu tenho o verdadeiro AMOR dentro de mim e sou imensamente grata por isso. Se eu puder desejar algo ao mundo é isso que desejo, pois dessa forma todo o restante pode ser alcançado.

Um comentário:

Homem Casado disse...

Tá, mas não entendi. É pra falar de mim ou e você?